Soltar…

Soltar…

03/18/2019 0 Por silmaracezar

Soltar é a palavra que virou moda entre os terapeutas. Ouvi a palavra umas quinhentas vezes o ano passado quando decidi fazer uma mudança de 180 graus na minha vida, minhas amigas terapeutas diziam: “Solta! Quanto mais você prender pior vai ser…”

E eu lá encafifada me perguntava: “Mas gente, como é que solta?” rsrsrs, é amigos e amigas, não é fácil soltar, ainda mais quando se é controladora…         

Digamos que tive que aprender as duras penas que sim, é possível soltar, e me recordei que a cerca de dez anos atrás eu ouvi algo parecido, ouvi que não tinha fé, na época fiquei ofendidíssima porque sempre me achei uma pessoa de muita fé.

Mas o que fé e soltar tem a ver em comum?

Tudo!

Você jamais conseguira soltar se não existir a fé dentro de si. Uma coisa não acontece sem a outra, simples assim.

Soltar é deixar partir aquilo que não te preenche mais e estar aberta para receber o que chegar, sem questionamento, porque você sabe que o melhor sempre vai acontecer, isso é fé!

Quantas vezes ficamos nos agarrando a situações, pessoas, trabalhos que não nos trazem nenhuma satisfação, nenhuma alegria, que não fazem mais nossa alma vibrar?

Mesmo assim estamos lá, prendendo ao máximo essas situações, por medo…puro medo.

Abrir mão de determinadas coisas na vida não é fácil, bem sei!

E conversando sobre isso, sobre soltar e como a palavra virou moda acabei tendo um sonho muito incrível, talvez porque ainda me questiono sobre esse tal “soltar” tão propagado hoje em dia.

Sonhei por duas noites seguidas o mesmo sonho, que foi de uma realidade absurda, creio que mais que sonho foi um aprendizado.

Na primeira noite sonhei que estava em um prédio muito, mais muito alto e me equilibrava no parapeito de uma varanda, colocava o capacete e tinha uma espécie de mochila nas costas, como se carregasse um paraquedas ou parapente. Nessa primeira noite me joguei e voei.

Já na segunda noite, depois de ter me questionado sobre o tal soltar, sonhei novamente o mesmo sonho, mas agora estava lá no parapeito da varanda e estava meio atrapalhada tentando me equilibrar, colocar óculos, capacete e a tal mochila nas costas, confesso que não estava muito confortável com a situação.

Uma voz me dizia: “Pule, solte, mas dessa vez você não vai abrir o paraquedas, você vai voar com o vento, dançar no ar, fazer o atrito com a atmosfera e quando chegar perto do solo vai se jogar de uma maneira que saia rolando, é possível sim cair e não se machucar, chegar no solo e dar um jeito de continuar viva, você consegue!”

Que loucura! Apesar de todo o medo e risco que sabia que estaria correndo eu pulei.

Imediatamente senti uma descarga tão grande de adrenalina no meu corpo inerte deitado na cama que senti a energia sair pelos meus pés, foi uma sensação inexplicável…

A queda livre é algo assustador, senti cada milímetro daquela queda. Mas cheguei ao solo fazendo exatamente o que a voz tinha me dito, para rolar e conseguir chegar viva ao solo.

Claro, que se tentarmos fazer isso na vida real não vai dar certo, vamos morrer com a queda, mas vejam que aprendizado maravilhoso me foi mostrado mais uma vez sobre o soltar, o ter fé e acreditar que uma inteligência superior nos rege e sabe o que é melhor para nós.

Confesso que acho que agora aprendi o real sentido de soltar e ter fé.

Acredite em você, descubra seu propósito de vida, mesmo que para isso tenha que abrir mão de algo ou de muitas coisas, tenha fé, o universo quer que você seja feliz, solte seus medos e suas amarras…pule de cabeça na sua essência e brilhe sua luz!

Pense nisso….

Silmara Cezar – Terapeuta