O que você sabe sobre sua avó materna?

Você sabia que parte de você já existia dentro da sua avó?

Biologicamente temos uma ligação muito forte com nossa avó materna, mesmo que não cheguemos a conhecê-la em vida. Enquanto sua mãe estava sendo gerada no ventre de sua avó, os futuros óvulos de sua mãe também estavam se formando, ou seja, parte de você se formou ainda dentro do corpo de sua avó materna. Nós mulheres nascemos com todos os nossos futuros óvulos já formados dentro de nossos ovários, desde quando eramos ainda um feto, deferente dos homens que produzem os espermatozoides dia a dia.

Também sabemos pela espiritualidade que o nosso planejamento reencarnatório se dá enquanto nossos avôs estão ainda no plano espiritual, pois é…tudo foi planejado muito antes do que podemos imaginar.

Espantoso saber que já caminhamos dentro de nossa avó e, portanto, carregamos muitas informações que vieram dessa mulher.

E que informações são essas?

Por tudo o que a avó viveu e como viveu. Como foi sua infância, se sofreu algum tipo de abuso, como foi seu casamento e sua primeira relação sexual, sentiu medo ou prazer? Queria ter filhos ou apenas foi tendo porque não tinha opção? Ela se sentia protegida pelo marido ou era abusada, quais foram seus conflitos de identidade, pelo que chorou, pelo que riu?

São essas as informações que estão impressas em todas as células do feto. Você já ouviu falar que a genética às vezes pula uma geração? Pois é, exatamente isso!

Todas essas informações foram passadas e carregadas por sua mãe e retransmitidas a você.

Chega a ser assustador, porque sabemos que mulheres que nasceram no início do século 20, como foi o caso da minha avó materna que nasceu em 1918, tinham pouca voz, poucos direitos.

Podemos afirmar que ao tornar-se consciente da vida dela, muitos dos seus medos podem ser os medos dela.

O que você sabe sobre sua avó?

Eu tive a grata oportunidade de conviver com a minha, a amo muito! Até hoje sinto sua falta e muita saudade, eu honro aquela mulher que era cuidadora, gostava de cozinhar, alimentar-nos com coisas gostosas que só ela sabia fazer e eu carrego um pouco disso que claramente vem da minha avó, não tenho o talento dela na cozinha, mas amo ver as pessoas se nutrirem com aquilo que eu cozinho, era uma mulher forte, guerreira, espiritualizada, amorosa, cuidadora, reconheço traços iguais com ela e nem tanto com minha mãe. Realmente a genética pula uma geração.

Quando criança tinha o desejo secreto de morar com a minha avó e não com minha mãe, o laço era e é tão forte que quando tenho a grata oportunidade de sonhar com ela parece que fui premiada pelos céus. Tenho uma conexão energética e profunda com essa mulher que me ensinou o que é o amor, o cuidado, o se doar.

Compreendendo a vida da sua avó, honrado essa mulher que te carregou dentro dela, você poderá se libertar de muitas coisas que podem estar te impedindo de fluir com leveza na vida.

Eu sei o que eu honro dela e sei o que quero me libertar, consigo identificar claramente, com isso poderei trabalhar em mim para que não tenhamos o mesmo destino, tenho repetido muito: “Sou grata pela vida que chegou a mim. Sinto muito pelo seu destino, agora sigo minha vida minha querida vovó”

Ao honrar os ancestrais, abrimos a porta para reconhecer as qualidades e os padrões nocivos que não desejamos perpetuar, podemos romper com um ciclo que se repete de geração a geração.

E você, o que você sabe sobre sua avó materna? O que honra que nem sabe que honra e acaba repetindo o mesmo destino dela?

Pense Nisso!

Silmara Cezar – Terapeuta

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