Encontros e desencontros.

Existem pessoas que tem uma dificuldade imensa de aceitar os afastamentos que a vida traz e isso não está só no âmbito dos relacionamentos amorosos.

No decorrer da vida, pessoas vão se afastar de nós, assim como nós vamos nos afastar também de algumas pessoas.

Pode ter acontecido um fato grave e que vai desencadear o afastamento, mas em outros casos a gente não sabe de fato o que ocorreu, não existiu nada marcante para isso acontecer, simplesmente a vida parece levar por caminhos muito distantes e isso pode deixar muita gente sem entender a razão de alguém ter se afastado e saído da sua vida.

O problema é que muitas pessoas ficam paralisadas nisso, uma dificuldade em aceitar, estão sempre remoendo e querendo uma explicação palpável, encontrar uma justificativa, uma razão porque o outro se afastou.

E são muitas pessoas que não aceitam os afastamentos, percebo em meus atendimentos terapêuticos que isso pode ser um grande problema na vida dessas pessoas, que passam a ter um inconformismo diante de fatos da vida que não controlam.

Aceitar não quer dizer gostar, mas sim respeitar o desejo do outro, precisamos entender que as pessoas não são iguais a nós, não pensam como nós, são temperamentos distintos.

Nem sempre conseguimos agradar a todos, muitas atitudes que temos podem ser encaradas como agressivas para o outro, nossa presença não faz bem a ela, precisamos entender que nós podemos despertar no outro sombras muito duras de serem encaradas, fragilidades e vulnerabilidades que elas não desejam entrar em contato.

Tem quem se afaste de você porque aquilo você possui ou o jeito que você é pode despertar sentimento de inveja, sensação de menor valor, de não ser merecedor etc.

Confesso que já me afastei de pessoas que jamais achei que eu sairia de perto, mas o fato é que o afastamento ocorreu, seja naturalmente pela própria vida, como já aconteceu de eu ir morar em outro estado e tive que me afastar de muitas pessoas queridas e até da minha família, ou seja porque aconteceu algo que não foi agradável, me magoou e optei pelo afastamento.

E, assim como eu me afastei, outros se afastaram de mim e tudo bem, porque essas relações de alguma maneira não faziam mais sentido, não nos nutria mais. O fato é que no decorrer dessa caminhada terrena existirão inumeráveis encontros e desencontros e eles acontecerão o tempo todo.

Eu sempre falo para os clientes: “Aceita que dói menos” e isso se aplica para tudo na vida, porque é sempre o primeiro passo para a mudança, é estar na realidade do fato que está ocorrendo na sua vida de maneira integral. Se você não aceita ver a realidade tal como ela é e fica se debatendo em seu próprio mental, trazendo à tona um sentimento de contrariedade, de achar que pode mudar até o que os outros desejam em relação a você, isso vai te trazer dor, como já disse anteriormente: Não temos o controle de nada!

Em casos de afastamento de relacionamentos íntimos afetivos vemos inúmeras pessoas presas ao ex-parceiro(a) pelo inconformismo da não aceitação dos fatos. Não consegue entrar em um novo relacionamento porque ainda está casado(a) com o ex. Arrasta correntes pesadas, não está com a alma disponível, está até hoje amarrado(a) nos laços da mágoa, do abandono, da raiva.

Ou você rompe de vez e coloca um ponto final nos seus relacionamentos mal resolvidos ou não abrirá espaço o novo. E isso vale para todos os tipos de relacionamentos.

Aceite. Entenda esse direito seu e do outro, solta aquilo que você não pode controlar, saia do inconformismo e vá viver, dê chances para a felicidade entrar na sua vida, tenho certeza que ela está ai do lado só esperando você esvaziar-se de tanta contrariedade para trazer um novo amor, uma nova amizade ou um novo parceiro de negócios.

Pense Nisso!

Se anda se sentindo amarrado e preso a situações do passado, venha fazer uma terapia, é o caminho mais assertivo para estar em seu centro, em sua essência, saber quem de fato você é e começar a ter mais assertividade nos caminhos a percorrer.

Eu estou em paz e te desejo paz!

Silmara Cezar

Terapeuta

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